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Encontro debate representação de africanos e diaspóricos na mídia

Qual o lugar das narrativas na construção do nosso entendimento sobre os povos africanos e afrodiaspóricos? Em torno desta questão se concentra o Encontro África e Diáspora na Produção Cultural, dia 16 de novembro, na sala K 102. Das 10h às 15, pesquisadores de diversas áreas vão discutir “como o cinema, o jornalismo, a publicidade e a literatura podem contribuir para a superação dos estereótipos e para a elaboração de imagens mais complexas acerca da negritude”, ressalta a professora do Departamento de Comunicação Carla Siqueira, uma das organizadoras do seminário, integrante do Laboratório de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares sobre o Continente Africano e as Afro-diásporas (Lepecad/PUC-Rio).

Iniciativa do Lepecad, o encontro soma-se à programação do Mês da Consciência Negra da PUC-Rio, organizada pelo Núcleo Interdisciplinar de Reflexão e Memória Afrodescendente (Nirema). A professora Elaine Vidal, também do Departamento de Comunicação e integrante do Lepecad, destaca a importância do debate acerca do papel das mediações culturais no combate a estereótipos:

“A proposta deste encontro é lançar luz sobre a representatividade de povos africanos e afrodiaspóricos em diversos produtos midiáticos, assim como fomentar a discussão acerca do nosso papel, enquanto produtores culturais, na construção não estereotipada da negritude brasileira”. Ela completa:

“Pensar em representatividade de povos afrodiapóricos na indústria cultural é de suma importância para entender o afroconsumo e o Movimento Black Money no Brasil.”

Além de Carla e Elaine, fazem parte do Laboratório de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares sobre o Continente Africano e as Afro-diásporas (Lepecad/PUC-Rio), o professor Alexandre dos Santos Silva, do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-Rio; e as professoras Aza Njeri, do Departamento de Letras, e Valéria Pereira Bastos, do Departamento de Serviço Social.

Abaixo, a programação integral do Encontro África e Diáspora na Produção Cultural, em 16 de novembro, a partir das 10h:

Mesa 1, 10h às 12h: Negritude e Indústria Cultural - a desconstrução dos estereótipos

Participantes:

Aza Njeri - Afroreferências em Mulher Rei e Pantera Negra

Doutora em Literaturas Africanas, pós-doutora em Filosofia Africana, pesquisadora de África e Afrodiáspora. Coordenadora de Graduação e Professora do Departamento de Letras PUC-RJ e do Instituto de Pesquisa Pretos Novos-RJ. Coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares sobre o Continente Africano e as Afro-diásporas. Escritora, roteirista, multiartista, crítica teatral e literária, mãe, podcaster e youtuber.

Alexandre dos Santos - Retratos da África e da diáspora no jornalismo e na literatura

Jornalista formado pela Uerj; e mestre em Relações Internacionais, pelo Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-Rio. Trabalhou na GloboNews e na TV Globo. Desde 2005, é professor das disciplinas Estado, Política e Desenvolvimento na África Subsaariana e Questões de Política Internacional na África Subsaariana, no curso de Relações Internacionais da PUC-Rio. É um dos autores do livro África no mundo contemporâneo (Editora Garamond, 2014) e colaborador da revista Insight Inteligência e do site Projeto#Colabora. Atua nos temas África pré-colonial, África colonial e África contemporânea.

Elaine Vidal – Se não me vejo, não compro: representatividade na publicidade

Professora do curso de Estudos de Mídia da PUC-Rio, na ênfase de Publicidade e Comunicação Corporativa. É pesquisadora de pós-doutorado da Escola de Comunicação da UFRJ (2021), com a pesquisa intitulada “Yoga para todos os corpos: corpos plurais nas narrativas o Yoga inclusivo no Instagram”, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da ECO/UFRJ. Doutora em Comunicação, com ênfase em Comunicação e Representação pela PUC-Rio. Atua há quase 20 anos, nas áreas de comunicação e publicidade, com ênfase em Criação Publicitária, Produção de Imagem, Comunicação Digital, Corporativa e Docência.

Mesa 2, 13h às 15h: Narrativas afrodiaspóricas: desafios e práticas
Lançamento dos livros Aimé Césaire, textos escolhidos; Na curva do S; e Nada é para sempre

Participantes:

Eliseu Banori

Nascido em Guiné-Bissau, é professor, pesquisador e mestre em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa pela UFRJ. Em 2020, lançou A história que a minha mãe não me contou e outras histórias da Guiné-Bissau, uma coletânea de contos juvenis, publicado pela editora Nandyala. Em 2022, lançou três livros: Papá Negado: uma fonte de inspiração (biografia de Ector Diógenes Cassamá), publicado pela editora Autografia, Nada é para Sempre (contos juvenis), publicado pela editora África e Africanidades e Djamara - obrigado (contos infatojuvenil, publicado pela editora Globo. Atualmente Eliseu Banori trabalha na Secretaria de Cultura do município do Rio de Janeiro, como Gestor da Sala de Leitura Maria Firmina dos Reis.

Katiucha Watuze
Ela é head do Canal Preto. Cofundadora e diretora de Integração de Núcleos @ColetivoPretaria. Fundadora do Trabalho de Preto. CMO @ClubinhoPreto.  Mediadora e palestrante Antirracista. Parceira Valor Social @Rede Globo

Edu Carvalho
Jornalista e produtor audiovisual, com passagens pela Globo (Conversa com Bial e série Segunda Chamada) e CNN Brasil. Foi colunista da revista Época. Atualmente escreve no UOL Ecoa e Projeto #Colabora. Autor de Na Curva do S, publicado pela Todavia.


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