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Observatório apresenta resultados sobre monitoramento das campanhas digitais

Mais influentes a cada eleição, as campanhas online constituem batalhas acirradas por influência nas redes. Os investimentos crescentes para impulsioná-las refletem o peso irreversível da propaganda digital nos rumos democráticos. Por isso nela se debruçou, nos últimos cinco meses, o pioneiro Observatório PUC-Rio de Mídias Digitais, do Departamento de Comunicação da Universidade. Os resultados deste monitoramento referente às eleições de 2022 será apresentado na próxima quarta (16), às 15h, na sala K 102, com os comentários do jornalista Guilherme Amado, colunista do portal Metrópoles, autor do recém-publicado Sem máscara - o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos.

Auxiliados por ferramentas de rastreamento das redes online, como o CroudTangle, estudantes de graduação e pós-graduação analisaram investidas digitais dos principais candidatos à Presidência. Sob a supervisão dos professores Arthur Ituassu, coordenador do Programa de Pós-graduação em Comunicação da PUC-Rio, e Marcelo Alves e Gustavo Robichez, também do Departamento de Comunicação, eles avaliaram, por exemplo, anúncios em sites políticos e plataformas como Facebook, Google, Twitter, YouTube, WhatsApp, Telegram; e estratégias de impulsionamento, segmentação e financiamento desses conteúdos digitais.

As pesquisas converteram-se em relatórios, disponíveis no Núcleo de Tecnologia do Departamento de Comunicação (NuTec); e em fontes de informações para veículos de comunicação envolvidos com a cobertura eleitoral. Um dos levantamentos do Observatório virou reportagem no Blog de Política do Estadão, sobre as mudanças nas estratégias publicitárias da campanha de Lula.

Com o apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD), coordenado pelo professor Wilson Gomes, da Universidade Federal da Bahia, a iniciativa reforça o alinhamento entre a ciência de dados e as dinâmicas comunicacionais promovida pelo Departamento de Comunicação da PUC-Rio, dirigido pela professora Tatiana Siciliano. Além das análises concentradas nas táticas online das campanhas presidenciais deste ano, os estudantes selecionados para o projeto participaram de aulas e discussões sobre processos tecnológicos, fundamentos democráticos, propaganda política digital no Brasil e táticas de microdirecionamento em anúncios no Facebook e no Instagram.