Informes

Notícias

Sidney Garambone relata os aprendizados na direção do documentário sobre o narrador Galvão Bueno

O desafio de retratar a carreira e a vida de um dos maiores comentaristas do país, relembrando marcos inesquecíveis do esporte por um ângulo inédito e pessoal, foi a pauta principal da palestra com o diretor e roteirista Sidney Garambone. O novo documentário, Galvão: Olha o que ele fez!, precisou ser calculado para servir como um tributo “sem filtro”, e o convidado do professor Alexandre Carauta ainda enfatizou que é um projeto sobre a figura, e não de autoria da mesma.

Entre os bastidores exclusivos do projeto de filmagem, o editor-chefe da TV Globo também mostrou os principais pontos a serem destacados durante a produção do seu primeiro longa. Os detalhes transpassam, desde as dificuldades na escolha do enquadramento, muitas vezes em hotéis, até a complexidade de escrita do roteiro. O pensamento prévio em cada uma das perguntas aos entrevistados foi fundamental, para que as respostas, mesmo se conectando, deixassem brecha para a interpretação dos espectadores sem perder a naturalidade. 

Dentre as mais de 400 horas de gravação, foi importante balancear adversidades no planejamento - como a entrevista do jogador Ronaldo Fenômeno que durou 15 minutos. Sidney contou ainda, que foi complicado abdicar de ideias, principalmente pelos direitos autorais de muitos materiais antigos. E, como uma curiosidade inusitada, relatou a dificuldade do próprio Galvão de gravar algumas cenas, pelo hábito de olhar e interagir com as câmeras, enquanto o intuito do documentário era lhe dar um tom reflexivo diante da narrativa.

O desfecho do encontro incluiu perguntas dos alunos, e as opiniões acerca do material que estreou no dia 18 de maio. O resultado final recebeu muitas críticas positivas, e as divergentes opiniões daqueles que já maratonaram a série, demonstram que o objetivo foi concluído - mesmo como uma figura pública, o Galvão pôde ser retratado por um ângulo mais próximo aos espectadores. 

Texto: Joana Macedo